sexta-feira, 23 de março de 2012


Estou aprendendo a aceitar as pessoas,
mesmo quando elas me desapontam.
Quando fogem do ideal que tenho para elas, quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas.

É difícil aceitar as pessoas assim como elas são, não como eu desejo que elas sejam.
É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo.

Estou aprendendo a amar.

Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos.

Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas.

Escutar a mensagem que se esconde entre as palavras corriqueiras, superficiais; descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.

Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada,
a vangloria exagerada.

Descobrir a dor de cada coração.

Aos poucos, estou aprendendo a amar.

Estou aprendendo a perdoar. Pois o amor perdoa, lança fora as mágoas, e apaga as cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravaram no coração ferido. O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos. Não cultiva ofensas com lástimas e autocomiseração. O amor perdoa e esquece, extingue todos os traços de dor no coração.

Passo a passo estou aprendendo a perdoar, a amar.
Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vidas. Valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências vividas ao longo dos anos.

Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma e as possibilidades que Deus lhe deu.

Estou aprendendo. Mas como é lenta a aprendizagem.
Como é difícil amar. Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo.

Aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, meus interesses, minha ambição, meu orgulho quando estes impedem o bem-estar e a felicidade de alguém.

Como é duro amar. Eu estou aprendendo.

E você? Sabe amar?

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