domingo, 28 de fevereiro de 2010
LABIOS QUE MURMURAM
Quem somos nós para julgar
Atitudes desesperadas
Desatinos de seres humanos
Se não somos seres perfeitos?
Quem somos nós
Para falar de abandono
De um amor desmedido
E de solidão?
Quem somos nós para saber
O que está dentro da cabeça
De um ser humano que às vezes
Pede socorro e nós não vemos?
Como vamos condená-los
Por atitudes desesperadas?
Temos somente
que tentar compreender
E dentro do possível
estender as mãos
Ser o ombro solidário
E braços amigos estendidos...
Quando não
conseguimos entender
Pelo menos temos
que aceitar escolhas
Irradiar amor e fazer orações
Pedindo apoio aos anjos de luz
que os amparem...
Que neste momento sejamos
Lábios que oram
Braços que abraçam
E bocas que murmuram preces...
Mário Feijó
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